O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul – BRDE e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD/ONU firmaram hoje (14), em Curitiba, um acordo de cooperação com a finalidade de facilitar e fortalecer a promoção e o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) na Região Sul do País.
O Memorando de Entendimento foi assinado pelo diretor do PNUD, Didier Trebucq, e a coordenadora do Programa no Brasil, Maristela Marques Baioni; pelo diretor-presidente do BRDE, Odacir Klein, e o vice-presidente, Orlando Pessuti, tendo como testemunhas o governador do Paraná, Beto Richa, e a vice-governadora, Cida Borghetti. O ato foi realizado na sede do BRDE, durante a cerimônia de transmissão da presidência do BRDE ao ex-governador do Paraná, Orlando Pessuti. Odacir Klein assumiu a direção Financeira do Banco no mesmo ato.
Didier Trebucq enfatizou a importância da aproximação do BRDE com a ONU: “Ficamos muito satisfeitos com essa parceria porque, juntos, vamos colocar em prática a Agenda 2030 e o alcance dos ODS. “Vivemos, desde 2015, uma nova era baseada na sustentabilidade”, disse, referindo-se ao Acordo de Paris que ampliou as ações de combate às mudanças climáticas em âmbito mundial. “Houve também uma reforma do sistema de financiamento para o desenvolvimento que busca redirecionar os investimentos. Nesse sentido, o BRDE demonstra ser uma instituição financeira vanguardista”, afirmou o diretor do PNUD.
Para Odacir Klein que assinou o protocolo do programa da ONU como último ato na Presidência do BRDE, “o Banco trabalha no presente com o compromisso de olhar para as gerações futuras. Esse é o sentido do BRDE ser a primeira instituição financeira a se comprometer com o cumprimento da Agenda 2030 para o combate às mudanças climáticas nas suas operações de financiamento”.
“A partir de nossa participação nas discussões sobre Finanças Verdes em eventos internacionais, decidimos avaliar a aderência das operações do BRDE aos ODS. Para nossa surpresa, os resultados foram mais do que satisfatórios, demonstrando que em torno de 85% dos projetos financiados pelo Banco aderem a um ou mais dos 17 ODS”, relata o diretor de Planejamento, Luiz Corrêa Noronha. Segundo ele, a ação conjunta com a ONU leva em conta a importância estratégica de um sistema financeiro realmente alinhado aos objetivos nacionais e internacionais de desenvolvimento sustentável, que estabeleça as bases e instrumentos necessários para a consecução da Agenda 2030 e dos ODS no País. “Ao ser avaliado o impacto total dos projetos nos ODS, chega-se a um percentual de impacto total de 114% da carteira, ou seja, existem diversos projetos que atendem a dois ou mais ODS ao mesmo tempo, gerando efeito multiplicador de impacto”, informa Noronha.
Sobre os ODS
Em 25 de setembro de 2015, líderes dos 193 estados-membros das Nações Unidas adotaram, por consenso, em Nova Iorque, a Agenda 2030 contendo 17 Objetivos e 169 metas de Desenvolvimento Sustentável. Os ODS, como ficaram conhecidos os Objetivos, estão na linha direta de sucessão dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio, também adotados pela ONU, e que tiveram vigência até 2015. Esses documentos, mais do que meras cartas de intenções, identificam e objetivam os esforços nacionais necessários para promover a implementação integrada dos três pilares do desenvolvimento sustentável: social, econômico e ambiental.