O BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul) completou neste dia 15 de junho 57 anos de atuação no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A instituição bancária, comandada pelos governos dos três estados do Sul, tem como principal objetivo fomentar a geração de emprego e renda através do apoio financeiro à indústria, ao comércio, a empresas de todos os portes, ao agronegócio, aos prestadores de serviços e aos municípios. As informações são de Edison Costa na Tribuna do Norte.
Atualmente, o BRDE tem na presidência o ex-governador do Paraná e ex-deputado estadual Orlando Pessuti, que tem suas raízes no Vale do Ivaí. Ele nasceu em Califórnia, quando a localidade ainda pertencia a Apucarana, morou em Jardim Alegre e trabalhou como engenheiro agrônomo na Emater de Ivaiporã.
Nomeado pelo governador Beto Richa (PSDB), Pessuti está no cargo desde novembro de 2017 e deverá permanecer até fevereiro de 2019, quando encerra o período de gerência da instituição por parte do Paraná, conforme rodízio de comando estabelecido entre os três estados.“O BRDE é um importante instrumento de fomento ao desenvolvimento regional, sendo grande gerador de emprego e renda”, afirma o diretor presidente Orlando Pessuti.
Segundo ele, o banco disponibiliza linhas de crédito de baixo custo para os mais diferentes setores da economia, sobretudo à indústria, ao comércio e ao agronegócio. Ele assinala, inclusive, que só o agronegócio absorve 60% dos financiamentos da instituição, através do apoio às cooperativas agrícolas e de crédito e empresas do ramo.
Pessuti informa que apenas no ano passado o BRDE contratou nos três estados do Sul em torno de R$ 2,2 bilhões em financiamentos, valor que, somado aos recursos próprios dos empreendedores, viabilizou investimentos de mais de R$ 4 bilhões na região Sul, em todos os setores da economia. A agência do Paraná do BRDE contratou R$ 690 milhões, porém a média de investimentos no Estado é acima de R$ 1 bilhão por ano.“Tivemos um bom resultado em 2017.
O BRDE encerrou o ano mantendo a posição de maior repassador de recursos entre as instituições financeiras credenciadas pelo BNDES na região Sul e o sexto colocado no País”, avalia o Pessuti. Dos recursos contratados pela agência do Paraná, 39,6% foram destinados a produtores rurais, um desembolso de R$ 273 milhões. As micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) responderam por R$ 183 milhões do total de investimentos. As operações com grandes empresas e cooperativas somaram R$ 228 milhões.
Orlando Pessuti acrescenta que o BRDE vem contribuindo para os bons resultados da economia paranaense, com destaque para os investimentos no agronegócio e empresas de todos os portes. De 2011 a 2017, as contratações feitas pelo Paraná somaram R$ 7,2 bilhões.No balanço geral, já chega a R$ 132,7 bilhões o volume de recursos aplicados pelo Banco no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul desde sua fundação, em 1961, até o ano passado.
AGRONEGÓCIO – Pessuti assinala que no Paraná o BRDE tem direcionado suas linhas de crédito com maior ênfase ao agronegócio, através de parcerias com as cooperativas agropecuárias e de crédito. Neste aspecto, sua presença maior está nas regiões oeste e sudoeste do Estado, onde se concentra o maior número de cooperativas e empresas do agronegócio. São duas regiões grandes produtoras de suínos, aves e de grãos e onde se concentram também grandes indústrias de transformação de produtos de origem animal e vegetal.
Instituição financeira tem atuação ativa no norte do ParanáConforme o diretor presidente, Orlando Pessuti, o BRDE também tem uma participação ativa no norte do Paraná através das cooperativas agrícolas e empresas do agronegócio.No caso específico do Vale do Ivaí, Pessuti assinala que esta é uma região que ainda precisa ser mais explorada do ponto de vista industrial e do agronegócio, a exemplo do que já acontece em outras regiões.
Tanto que este é um tema bastante discutido pelos prefeitos e demais lideranças políticas e empresariais do Vale do Ivaí. Mesmo assim, segundo ele, o BRDE tem direcionado suas linhas de crédito mais para as cooperativas agrícolas, na construção de aviários através do sistema de produção integrada com as empresas do ramo e ainda no fomento de outros ramos empresariais.